domingo, 29 de abril de 2012

Pelo hedonismo da vida e das formas concretas do pensar!

Numa sociedade líquida-moderna
Sólidos são os elos da corrente que nos prendem
Cada qual ao seu umbigo
Um-a-um em si mesmo

Envolto pelas benefes hedonistas
que carrega a multidão solitária
Solidária da sua própria causa
Dos seus próprios pensamentos
e egoísmos sem precedentes ou limites
Nessa história pobre e rala da desumanidade.

A multidão não tem coração
Não renasce, vive e nem morre.
Ela se arrasta pelo tempo.
Perdura não sei como.
Mas existe, e só - mesmo sem vida!
Não é hereditária nem tradicionalista:
Existe simplesmente por existir
Sem razão de ser ou crer
Mas pela de sobreviver num submundo
Com suas unidades privadas de sub-humanos
Todos sub-amados e sub-julgados
Como bem deve sub-ser.

Donos de si acenam quando donos de nós
Donos dos laços de arame farpado
Produzem o alimento pra carro
Pra comprar a unidade que falta
e até a do trabalhador expropriado
Preso em si, algemado pela cortina de fumaça
Ancorado no seio direito da sociedade
e no ventre materno burguês da maldade.
Das relações vazias de afeto
Mas cheias de domínio e legitimidade.

O prazer ta na vida, mesmo se mal vivida.



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