terça-feira, 12 de junho de 2012

Entre Aspas

Nada disso foi eu quem disse...
mas tenho que concordar, em muito 
com o que se fez dizer.


Por alguém próximo a mim, abre aspas...


Eu vi ontem tanta, tanta gente se queixar do dia dos namorados. E também vi tanta gente correndo, procurando flores, fazendo declarações de amor apaixonadas, se esmerando em agradar seus parceiros. Fiquei com o conjunto de informações na cabeça e não tive como não refletir sobre isso. Seria mais bacana se todos os dias fossem dias dos namorados. Que as pessoas se amassem, entendessem, ouvissem, declarassem todos os dias, com a mesma intensidade que procuram fazer no dia 12 de junho. Eu sei que muita gente já o faz. Não estou aqui para questionar ninguém. Também sei que quem resolve ficar amargo, a protestar contra o mundo, não o faz por mal ou por querer apedrejar os namorados. Mas seria mais interessante que nós nos tratássemos com mais amor, carinho cotidianamente. Seria melhor que meia dúzia de flores e um jantar uma vez por ano. E que os solitários se abrissem cada vez mais ao amor, sem ridicularizá-lo, sem as mãos cheias de pedras. Eu sei que parece muito idealismo, mas acho que são essas situações corriqueiras que refletem justamente a complexidade de determinadas questões. Nós ficamos felizes por poder comprar, por expor nossos amores tal qual propriedades. Nos deixamos estereotipar, considerando plenitude, termos uma pessoa ao lado. Ficamos maravilhados em dizer publicamente, uma vez ao ano, que amamos o outro. Seria legal fazer todos os dias, independente de compra, de data. Amar de verdade uns aos outros. Se abrir às maravilhas, à intensidade e à loucura de cada um poder ser o que realmente é. E gostar disso. Todos os dias.


Fecha aspas.

Um comentário:

  1. Como deixar passar o único dia que o capital reservou para o amor?

    #Modo ironia: on.

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