João Carlos da Silva
nasceu pobre e preto.
Cresceu desassistido
discriminado: vulgo favelado.
Desde sempre, colecionou
decepções e cicatrizes.
A noite vendia sua força de trabalho
por alguns poucos trocados
pão e pingado.
Amargurado.
Morreu cedo, coitado:
atropelado por um país desgovernado.
Luto e comoção? Não.
Não era artista, político ou empresário.
Era só mais um Silva
preto, pobre e favelado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário