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Da série: E o amanhã?
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Me delicio na angústia do mal-estar só
Por caminhos alternativos e formas não-burocráticos de existir.
É desesperadora essa liberdade integral que me cerca
Mas assento o pensamento, e deixo fluir.
Autonomia, auto-suficiência ou um automóvel?
Depender de algo nunca foi de bom grado.
Ser solto, uma peça descolada desse todo tão pequeno
Embriagado na ilusão de que é impossível viver só.
Eu desmitifico o óbvio e ponho a culpa na inocência,
Dada a solidez da duvida e a certeza líquida da verdade
Dissolvida em interesses mesquinhos de terceiros que chegaram primeiro.
Então, solidifico a solidão póvoa dentro de mim.
Quebro a barreira mental quando profano a castidade
E mantenho puro meus pensamentos heráldicos e inoportunos.
Serei refém da contradição, da liberdade e da solidão.
Até que o tempo interfira.
Até que chegue o verão.
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