quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Minha fé, meu crédito.

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Da série: classe-(i)média(tista)
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A fé e o crédito
Combustível da humanidade
Invisível a olho nú
Inerente à realidade
E irreverente sua versatilidade

Comumente à qualquer lugar
Pra seguir a massa amontoada
Duramente amansada
Em pura e singela gratidão
Pela generosidade

A fé no crédito
A fertilidade do crediário
Pro esfomeado, pro ex-presidiário
Na certeza de uma vida
A vida que segue, que cega e seca

De pé, oh vítimas fluidas e inconscientes!
De uma sociedade líquido-moderna
Passível de enganação
Mas nunca de indignação.
Nunca.

Vai, segue a massa amansada
Já seca, flácida e (desa)creditada
Amontoada em iguais febris
Numa fé que segue errante
Até o segundo seguinte
Até um segundo instante

E continua seguindo...
Seguindo...
E seguindo.

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